domingo, 1 de abril de 2018

Eu sou uma aberração, sou uma esquisita... E tudo bem!


  Desde pequena eu sempre tive essa vontade de me enturmar; no fundamental I eu queria ser uma das garotas populares do colégio, no fundamental II eu falava com todos da sala, mas não era tão popular; eu sempre fui a estranha, a louca, a "diferentona", a excluída da sala e isso sempre me incomodou, principalmente porque eu nunca gostei de ser de um grupo só, eu gosto de ser de todos, eu tentava "entrar" e fazer amizade com todos.
 Quando chegou o colegial era a mesma coisa, e foi assim o primeiro ano todo. Até veio o supletivo e isso mudou completamente; acho que o fato de ter pessoas de diferentes tipos e idades deve ter ajudado, mas enfim na primeira semana de aula eu fiquei muda, não fiz nenhuma amizade, pode não parecer, mas eu sou meio tímida e não tenho jeito ou paciência pra fazer amizade (sempre acho que estou velha demais pra isso). Na semana seguinte conversei com uma menina e nos tornamos amigas com facilidade.
 Eu fiquei um ano e meio nesse colégio e no segundo semestre eu já "popular" na sala, falava com todo mundo e quando tinha prova de inglês todos me pediram cola; eu gostava disso: não chama muita atenção, mas também não passava despercebida. Então, aquele um ano e meio de supletivo acabou e veio a faculdade e eu só pensava "vai ser a mesma coisa que o fundamental: muitos grupinhos e eu não vou me encaixar em nenhum."
 O primeiro ano começou cheio de promessa, era uma nova aventura e eu estava empolgada e até meio assustada; parecia que eu finalmente tinha encontrado o meu lugar. Sabe o que é estar em um lugar onde todos tem muitas coisa em comum comum com você? Seja a forma de pensar sobre determinado assunto ou o mesmo gosto pra séries? A faculdade é exatamente assim, e foi assim por um tempo. Porém ultimamente não tem sido assim, sei lá.
 Cheguei a conclusão que isso talvez seja uma coisa que eu aprenda a lidar mais facilmente com o tempo. 
 Acho que eu só preciso me acostumar e aceitar minha própria estranheza e entender que todo mundo se sente um peixe fora d'água às vezes, é que tudo bem ser estranha porque todo mundo tem suas peculiaridades e são essas peculiaridades que nos tornam únicos. 
 Além disso, recentemente eu fui lembrada de que os grandes gênios da humanidade, e os maiores artistas não eram de fato, normais, todos eles tinham seus problemas, suas esquisitices, seus demondem. E como diz Alice "Você é louco, louquinho, mas vou lhe contar um segredo: As melhores pessoas são assim!" 


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