quinta-feira, 13 de junho de 2019

Entre Razão e Emoção


  Hoje eu vivi uma grande batalha interna, parte de mim só queria chorar e mergulhar fundo na tristeza que me consumia até que ela resolvesse ir embora, mas a outra parte gritava "Garota, sai dessa! Eu sei que a queda foi feia, mas a vida continua, vamos levanta! Ânimo!"
  Eu me encontrei completamente exausta; emocionalmente eu estava um caos, espiritualmente perturbada e fisicamente totalmente esgotada, me sentia como se tivesse sido atropelada por vários tratores um seguido do outro.
  Sair da cama foi o meu maior desafio, eu sabia que uma hora ou outra eu teria que enfrentar a vida de novo, mas naquele momento eu só queria ficar deitada, até que toda dor e tristeza cicatrizasem.
  Ainda não sei como, mas no fim eu acabei juntando forças e conseguindo deixar o dia seguir, com o emocional abaladíssimo, mas consegui; acho que foi uma daquelas situações em que não se sabe o quanto é forte até que precise ser.
  Acho que devo isso a garota inabalável e "emocionalmente madura" que reside no âmago do meu ser, e talvez por causa dela eu tenha aprendido a equilibrar melhor meu lado emocional com o racional. Ás vezes quando um lado anda mais abatido que o outro precisamos colocá-los em uma balança, e ao menos tentar equilibrá-los perfeitamente, não estou dizendo que é preciso deixar de lado, ou esquecer, até porque fazer isso seria como tentar parar de sentir, mas tente colocar os dois em prática ao mesmo tempo.
  Eu costumo dizer que quando a tristeza vem precisamos mergulhar bem fundo mesmo nela, entender que tá tudo bem se sentir mal às vezes, principalmente quando tudo anda dando errado, tudo isso faz parte, e só se consegue seguir em frente de vez enfrentando tudo de uma vez, porém não nego que também algumas vezes precisamos saber trabalhar a razão e a emoção, é difícil, e em todos esses meus anos de vida, eu nunca consegui completamente, porém não nego que é um exercício diário necessário. Desse jeito, sigo tentando fazer as duas entrarem em um acordo, tentando fazê-las entender que não existe isso de uma ser mais importante, ou estar mais certo que a outra, porque ambas são igualmente necessárias e fazem parte do meu ser, assim continuo tentando, se algum dia eu conseguir, aviso vocês.

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