domingo, 4 de junho de 2017

Crítica: Mulher-Maravilha


  Quando entrei na sala de cinema para ver esse filme uma emoção tomou conta de mim, a razão disso eu explico: é que como mulher eu finalmente me senti representada nesse universo de Super Heróis.
 A personagem vivida por Gal Gadot continuou com o excelente trabalho mostrado, ainda que rápidamente, em Batman vs. Superman, porém em seu filme solo ela nos mostra um pouco de como se tornou essa mulher tão poderosa (em outras palavras como ela se tornou esse "MULHERÃO DA PORRA").
 O roteiro do filme explica a complexa história de Diana de modo simples, mas também fiel; de modo que agrada não só os leigos como também os fãs de HQs, o mesmo acontece com a história da criação das Amazonas (que foram criadas para restaurar o bem da humanidade). Além disso diferente de Batman vs. Superman o filme sabe equilibrar as cenas de história com as de ação, o que faz de seu roteiro bom, apesar de algumas falhas.
 A Diana Prince de Gadot consegue captar perfeitamente o tom ingênuo por não saber nada sobre o mundo do ínicio do século 20, Gal conseguiu em cena fazer sua experiência de 32 anos de vida parecer a de uma garotinha de 5 anos descobrindo quão cruel o mundo pode ser, um mundo que como sua própria mãe diz não é merecedor dela. No entanto não é só sobre o mundo humano que ela mostra sua ingenuidade, isso também aparece com a descoberta de seus poderes, que são esclarecidos a ela e para o público simuntaneamente.

 A relação de Diana com Steve Trevor (Chris Pine) é tão conflituosa quanto química, enquanto ele tenta fazer o papel do bom moço que não quer que a "donzela" se machuque ela mostra com sua teimosia e persistência que não é nem um pouco uma donzela em apuros, fato que ela prova diversas vezes. (Apesar dele persistir no erro de tentar protegê-la).
 As cenas de ação tem um recurso slow motion que destacam as habilidades de luta, (não só de Diana, como das amazonas também) ao envés de hiper sexualizá-las (destacando seus corpos)
 Mulher Maravilha chega as telonas 75 anos depois de sua criação, e prova que valeu a espera; um filme feminista sem levantar bandeiras (até porque sua protagonista claramente não vê diferenças entre os gêneros), ele não só é a salvação da DC Comics no cinema (que vem vivendo mais de erros do que de acertos), como também é o filme que o mundo precisava; um mundo que apesar de estar em meio a guerras, fome e desigualdade social e de gênero, ainda vale a pena ser salvo e que ainda tenta ser digno do amor de Diana e merecedor de sua maravilhosidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário