domingo, 29 de outubro de 2017

Crítica: Thor Ragnarok



  A História do Deus do Trovão no mundo cinematográfico é teve altos e baixos. Seu primeiro longa solo foi bom, apresentou a história do personagem de maneira eficiente, já o o segundo errou feio em apresentar um vilão fraco que não causou tanto impacto. Então quando o terceiro longa do herói foi confirmado veio aquela dúvida: será ele tão bom quanto o primeiro ou ele repetirá o erro do segundo?
 Thor Ragnarok é dirigido por Taika Waititi (O que fazemos nas sombras) e narra a história do filho de Odin tentando impedir que a profecia do Ragnarok aconteça com seu reino (O Ragnarok é mais ou menos o equivalente ao apocalipse para os nórdicos),
 Nas primeiras cenas do filme vemos Thor enfrentando Surtur e descobrindo a verdade sobre quem realmente está no trono de Asgard, ninguém mais ninguém menos que seu irmão Loki, conforme o mostrado no final de The Dark World. Após derrotar Surtur e desmascarar Loki, Thor e seu irmão partem em busca de Odin, o que gera o encontro com o Mago Supremo, Stephen Strange, em uma já apresentada nas cenas pós créditos de Doutor Estranho mas mais prolongada.
 Quando finalmente encontra seu pai, ele lhe conta a verdade sobre o Ragnarok e a história de Hela, a Deusa da morte. Pouco tempo depois do reencontro Odin dá seus últimos suspiros, depois da morte de Odin Hela surge, destrói o Mjonir, o poderoso martelo de Thor, toma posse de Asgard e manda Thor e Loki para longe.
 Enquanto tenta voltar para casa para impedir a destruição de seu lar ele é capturado por Valkiria (Tessa Thompson) e levado para Salkar onde é obrigado a se tornar um  gladiador pelo Grão Mestre (Jeff Goldblum).
 Na primeira grande luta de Thor já temos um embate que é puro fanservice, ele deve enfrentar Hulk, seu companheiro de equipe. A rivalidade que começou em Vingadores (e que gerou um pequeno, porém inesquecível, embate entre os dois) se torna mais decisiva nesse filme, já que Banner se encontra no "modo verde" por 2 anos desde o último embate dos vingadores contra Ultron.
 O terceiro filme do Deus do Trovão conta com uma trilha sonora com uma vibe bem futurista que lembra Tron e Blade Runner 2049, uma direção de arte e fotografia de tirar o fôlego e um roteiro que agrada.
 O filme tem a dose certa de humor e ação, ele equilibra bem os dois tons.
Chris Hemsworth provou mais uma vez que seu maior talento vive na comédia, Tom Hiddleston continuou a mostrar o grande dilema que é Loki Laufeyson, mas entre as atuações do filme a que encantam mesmo são as dos novatos. Tessa Thompson conquista com sua heroína despedaça e afrontosa, que foi reduzida a "caçadora de recompensa"; Jeff Goldblum proporciona grandes gargalhadas com seu Grão Mestre que é uma mistura de poder e estupidez, porém é Cate Blanchett que rouba a cena com sua antagonista Deusa da Morte, quando Hela aparece em cena ela a domina por completo com sua presença aterrorizante e poderosa, percebesse claramente o quanto Blanchett se entregou e se divertiu ao debochar o filho de Odin.
 Sendo a primeira vilã em um filme do universo Marvel, Cate Blanchett acabou roubando para si o título de melhor vilã do mundo cinematográfico da Marvel (tiítulo que pode ser roubado pelo Thanos de Josh Brolin nos próximos filmes dos Vingadores).
 Se foi a última vez que vemos o Thor de Chris Hemsworth em um filme solo do Herdeiro de Asgard então, verdade seja dita: o Deus do Trovão definitivamente jamais será esquecido.


domingo, 8 de outubro de 2017

Crítica: Blade Runner 2049


  Quando o assunto é fazer um reboot, um remake ou uma continuação de um filme antigo a preocupação se torna frequente. Ou porque o filme não é tão bom quanto o original ou a primeira parte ou porque eles mudam a história e acabam a destruindo.
‎ Então, quando a continuação do clássico Blade Runner de 1982 foi anunciada a preocupação se tornou um peso nos ombros de muitos fã e cinéfilos, talvez em parte porque para a maioria Ridley Scott teria perdido o jeito de fazer filmes de ficção científica, mas eis que surge Denis Villeneuve (que foi indicado ao Oscar por sua direção em A Chegada) e tira o peso da preocupação das nossas costas.
 ‎Blade Runner 2049 se passa 30 anos após o primeiro filme e conta a história do Caçador de Replicantes K (Ryan Gosling) que começa uma investigação que pode mudar completamente a forma como os humanos lidam com replicantes. No início do filme não fica muito claro qual é o papel de Gosling no filme, além de tomar o lugar do personagem de Harrison Ford, porém conforme a trama se desenvolve a importância do papel de Gosling fica clara.
‎ Diferente de Scott que não conseguiu fazer com que a sua versão do primeiro filme fosse para os cinemas, Villeneuve fez o filme que quis, sem estragar tudo que Scott fez, e definitivamente deixou sua marca.
 ‎ O roteiro do filme é bem escritos e possui dois plota que surpreendem o público.
 A trama do filme não tem mudanças de ritmo, como IT por exemplo que se reveza entre o terror e a comédia, muito pelo contrario o ritmo sereno segue sendo o mesmo até que seu grande plot acontece.
‎O que mais impressiona além da trama inovadora, que não aperta muito aquela mesma tecla Homem X Máquina, é a semelhança com o filme de 1982; o visual do novo filme é todo parecido com o antigo (mantendo o tom sombrio com pouca iluminação na maioria das cenas), a trilha sonora continua sendo tão futurista e marcante quanto a antiga, a fotografia do filme é bem parecida com a do antigo e ele também é repleto de referências do primeiro filme.
‎Blade Runner 2049 é a prova que dá sim pra mexer com um clássico sem tirar sua essência, tudo que é preciso é encontrar o diretor certo como Villeneuve.