Ultimamente eu tenho me encontrado num estado de inércia, de paz, uma estranha tranquilidade tem tomado conta da minha vida (não sei se de fato tem alguma coisa haver, mas entrei no meu paraíso astral recentemente e isso deve estar a ajudando.)
Acho que posso dizer que estou no arco íris depois da chuva, ou melhor na calmaria que vem antes da tempestade. E por mais estranho e incrível que isso pareça eu não gosto nada disso, eu odeio essa inércia, odeio porque vivi nela a minha vida toda.
Não me leve a mal, é bom ter que viver nela; principalmente porque eu não tenho a menor ideia do que pode vir depois dela. Será algo terrível ou algo maravilhoso?
Eu sempre digo que gosto de estar preparada para o que vem a seguir, mas a verdade é que parte de mim gosta de ser surpreendida de não poder controlar tudo, de perder completamente o controle ás vezes.
Porém por mais que eu ame a sensação de liberdade que essa inércia me dá, outra parte de mim mal pode esperar para a louca tempestade que está por vir.
É loucura eu dizer isso, mas eu nasci do caos, eu fui forjada nele; e eu sei que a vida é feita de calmarias e tormentas, mas eu gosto de navegar com o mar agitado, adoro desafios, mar calmo nunca me agradou. Meus amigos costumam me chamar de "Stormheart", dizem que eu tenho um coração cheio de tempestades guardadas, formadas por tudo que eu sinto, e olha que não é pouco. Porque eu sinto e sinto muito, acho que mesmo se tentassem jamais conseguiriam inventar um instrumento para medir o tamanho da minha intensidade.
Eu sei que essa calmaria não vai durar muito e que quando ela acabar eu vou sentir falta dela (isso até ela voltar como sempre faz) e que eu tenho que aprender a aceitar e a conviver com ela, porque a vida é assim mesmo. Um dia é a calmaria de um lindo dia ensolarado, no outro é o caos de uma forte chuva
Quando o assunto é vida não existem meios termos.
sexta-feira, 24 de março de 2017
Cause I've got a Stormheart
sábado, 18 de março de 2017
Crítica: A Bela e a Fera
A Bela e a Fera é sem sombra de dúvida uma das maiores obras primas da Disney. Quando a versão Live Action da animação de 1991 foi confirmada a pergunta que surgiu na cabeça do público foi: Será que a nova versão conseguiria cativar tanto o público quanto a primeira?
Quando Emma Watson foi confirmada no Papel de Bela, as expectativas se tornaram altas, afinal a eterna interprete de Hermione Granger era até então a "Bela da Vida Real", mais tarde um elenco brilhante foi anunciado e com roteiro escrito por Stephen Chbosky (As Vantagens de Ser Invisível) e Evan Spiliotopoulos (O Caçador e a Rainha do Gelo) e a direção ficaria por conta de Bill Condon (Conhecido por Dreamgirls e pela Saga Crepúsculo: Amanhecer parte 1 & 2)
Assim como Cinderela a versão Live Action da primeira animação a ser Indicada ao Oscar de Melhor Filme foi recriada fielmente; os cenários estão divinos, assim como os figurinos; a trilha sonora foi lindamente repetida pela dupla Alan Menken & Howard Ashman (que também foram responsáveis pela trilha sonora da animação) porém com alguns pequenos ajustes.
Emma Watson realmente fez jus ao título de "Bela da Realidade", ela conseguiu captar completamente a personalidade marcante e encantadora da personagem; Emma ainda acrescentou um certo toque feminista e inovador a ela. Com exceção de uma cena especifica onde Watson parece meio perdida e sem imaginação, sua atuação está bem simples e boa, apesar de se encaixar perfeitamente no papel, Emma não foi nada excepcional, nada além do seu habitual.
A Fera de Dan Stevens também não foi nada de extraordinário, apesar de ser mais compreendida por alguns novos elementos da história inseridos no roteiro, seu personagem deixou o ator irreconhecível pela imensa quantidade de CGI que lhe foi inserida; fato que talvez tenha desfavorecido o ator e o filme. Assim como a Fera puramente de CGI de Stevens os empregados/objetos do palácio também sofreram com a exagero de CGI; exagero que só é esquecido pela personalidade cativante que os Dubladores deram aos personagens.
Talvez o maior ladrão de cena do filme seja o LeFou de Josh Gad; a versão de Gad, que causou polêmica por ter acrescentado um toque de "Gay Enrustido" a personalidade do personagem, da o tom cômico do filme; juntamente com ele esta o Gaston de Luke Evans que "copiou" bem a personalidade de Macho Alfa do personagem; Evans também deu um show cantando, a cena da música Gaston acabou sendo sem dúvida a melhor performance do filme; título que deveria pertencer a À Vontade (Be Our Guest) que apesar de ter a linda voz de Ewan McGregor foi desvalorizada pelo CGI.
O filme realmente é o que prometeu ser, uma versão com atores reais do clássico de 1991, com algumas novidades que incrementam a história do casal protagonista.
Um filme pura nostalgia de uma história velha com o tempo (como diz a música própria "Tale as Old as Time...") que vai te fazer voltar a ser criança e acreditar em Contos de Fadas.
sábado, 4 de março de 2017
Crítica: Logan
Se o propósito de Logan era encerrar a história do Wolverine nos cinemas ele fez isso formidavelmente. O filme que encerra a história de Hugh Jackman como o Herói das Garras de Adamantium chegou ao cinemas na última quinta-feira e foi uma linda carta de despedida ao personagem.
Se a FOX quis revolucionar com o filme do Mercenário Tagarela, com Logan ela da continuidade a "revolução", repetindo as cenas violentas de luta que justificam a classificação etária do filme.
Logan nos mostra um lado do Wolverine nunca mostrado antes, diferente dos outros filmes que nos dava um X-Men rebelde e lutador, o filme nos dá um Logan vulnerável e debilitado, o Ex X-Men agora trabalha como chofer para cuidar de um Professor Xavier ainda mais velho e debilitado. Logan não está só vulnerável fisicamente como também psicologicamente, parece que o fato dele ser um dos últimos mutantes restantes se tornou um fardo um pouco pesado para seus ombros já cansados das bagagens que ele carrega. Eis que surge outro problema para ele resolver, mais uma bagagem para ele carregar: Laura Kinney, a X-23. Ele é procurado pela Mexicana Gabriela que pede sua ajuda para salvar Laura dos homens que a caçam. Ao mesmo tempo em que ele se recusa a voltar a ativa ele também se vê obrigado a ajudá-la pela insistência de Xavier que persiste em lembrá-lo que a menina é como ele e de certa forma é sua filha.
Logan nos da uma pitada de tudo: de drama, de comédia e de ação. Hugh Jackman comove com seu Velho Logan, assim como Patrick Stewart também; porém quem rouba a cena com sua X-23 é Dafne Keen, para quem é já conhece a personagem vai concordar que é impossível não lembra dela no desenho X-Men: Evolution; Keen definitivamente faz jus a personagem.
Se foi a última vez que vimos Hugh Jackman na pele do Wolverine digo sem dúvidas que ele se foi dignamente, o filme traz tudo aquilo que os fãs mais queriam. Falando como fã se eu pudesse mudar apenas uma coisa no filme eu colocaria uma referência ao uniforme de Wolverine, pois apesar de saber que provavelmente nunca veremos Hugh Jackman com o clássico uniforme de seu personagem, seria interessante ao menos mencioná-lo.
Com o Velho Logan e a pequena porém poderosa Laura, podemos dizer que Logan é um fim de uma era, de um ciclo, mas também o começo de outro.
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