sábado, 3 de novembro de 2018

Bohemian Rhapsody - Crítica


  Quando o assunto cinebiografias vem à tona  polêmicas começam a surgir. O roteiro conseguirá aprofundar toda a vida da persona em si ou não? Quais partes precisam ser destacadas? E quais não precisam? 
 Entretanto, quando a persona em questão foi um dos maiores compositores/cantores do mundo, as complicações dobram. 
 Quem poderia interpretar o icônico Freddie Mercury nos cinemas? A resposta parecia estar em Sacha Baron Cohen, mas por conflitos de ideias com os membros do Queen, Cohen abandonou o projeto. Eis que surge um ator norte americano de origem egípcia chamado Rami Malek


 Conhecido por ganhar o Emmy de 2016 por sua atuação na série Mr. Roboto, Malek também pode ser lembrado por suas participações em Um Noite no Museu e em A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2
 O filme conta a história da formação do Queen sem se aprofundar, mostrando o início de tudo até pouco antes do fim.
O roteiro apesar de destacar a vida pessoal do cantor, não se preocupa em detalhar a fundo todos seus relacionamentos amorosos, deixando claro desde o começo sua sexualidade, sem levantar bandeira alguma. (Exatamente como Freddie tratou a questão em vida.)
 O que mais é mostrado no filme é sua relação com Mary Austin, musa responsável por lhe dar inspiração para o grande hino Love of My Life, e com os outros membros do Queen em si. 


 Bohemian Rhapsody deixa claro que a existência de Freddie Mercury e da Queen dependiam uma da outra, a banda não existiria sem ele, assim como também não existiria sem Bryan May, Roger Taylor e John Deacon. Cada um foi fundamental para a banda ter o sucesso que teve. Se uma mesa tem quatro pernas, e uma de suas pernas é arrancada, é provável que essa mesa caía ou penda mais  para um lado. Assim era o Queen, uma combinação completamente única e insubstituível.
 Rami Malek, tirou de letra a difícil missão de encarnar Mercury, ele transmitiu bem a enigmática, porém excêntrica persona que Freddie era. O ator é tão expressivo que consegue transmitir diversos sentimentos com um simples olhar.
 O carisma de Rami só perde para sua incrível presença de palco, apesar de optado por dublar as canções (por motivos claramente óbvios). Sua interpretação vai muito além da aparência (que foi levemente alterada para se assemelhar com a de Freddie), todos os trejeitos do cantor foram replicados, assim como toda a dominância que ele tinha no palco. É simplesmente lindo ver o brilho em seu olhar durante uma cena de show, ou produzindo os álbuns em estúdio de gravação ou até mesmo escrevendo as músicas.
 Apesar de Rami Malek se destacar, seus colegas de elenco também não ficam para trás Gwilym Lee também fez um excelente trabalho como Bryan May, ele foi capaz passar toda a vibe tranquila que May tem, Ben Hardy que interpreta Roger Taylor nos mostra um lado mais rebelde e atrevido de Taylor e Joseph Mazzello encarna John Deacon de um modo bem ardiloso.  
 A história nos mostra um pouco da busca incessante de Freddie por alguém para amar, e como a vida de celebridade pode muitas vezes ser solitária e sedutora. Nos mostra como ter todo o mundo aos seus pés não é suficiente, como sempre vai existir um vazio cuja a necessidade humana sempre nos fará tentar preenchê-lo de alguma forma.
 As cenas de apresentações da banda são arrasadoras tanto da perspectiva do público como da banda.
 Bohemian Rhapsody emociona de uma forma como só Freddie Mercury foi capaz de emocionar, com sinceridade, amor e sofrimento. Ele colocar em poesia a mistura louca e emocional que foi o Queen, e nos faz entender o que tornou a banda um fenômeno. O que os diferenciava era o fato deles serem, parafraseando o próprio Mercury, serem "Quatro desajustados que não pertencem juntos, tocando para outros desajustados, para os exilados bem no fundo da sala, que têm certeza de que eles não pertencem também." 
  Mostrando uma história de uma família, que assim como todas tinha seus atritos, seus altos e baixos, mas que foi unida por algo maior: um amor a música e ao público. 


domingo, 14 de outubro de 2018

Crítica: Nasce Uma Estrela


  Quando a ideia de fazer um novo filme  com a história de Nasce uma Estrela surgiu muito acharam que não daria certo. Fazer uma quarta versão de um filme que já foi muito aclamado, na certa não daria certo. Quando surgiu em 2002 a ideia original era ter Will Smith e alguma estrela como protagonistas e Joel Schumacher como diretor, na época a escolha para ser par com Smith estava entre Alicia Keys e Jennifer Lopez, porém essa ideia acabou não se concretizando e o projeto foi guardado. Muito tempo depois ele foi parar nas mãos de Nick Cassavetes, que seria responsável pela direção, com Beyoncé como favorita para protagonizar. Em 2011, o projeto mudou de mãos novamente e dessa vez foi para Clint Eastwood, oficialmente com Beyoncé, entretanto devido a sua gravidez ela acabou rompendo os planos para o filme. O assunto só voltou a ser falado novamente quando Bradley Cooper obteve os direitos para dirigir o filme no lugar de Clint, com foco das negociações apontando para Lady Gaga como protagonista.
Tudo isso já seria motivo o suficiente para desistir dessa "ideia de louco", mas quando Eddie Vedder (vocalista do Pearl Jam) em pessoa te diz pra desistir, você tem que desistir certo? Errado. Bradley Cooper foi em frente e fez o filme mesmo com todos contra. E devendo das graças aos céus pela persistência dele.


  Se fosse preciso escolher uma palavra para definir o primeiro trabalho de Cooper em uma palavra, essa palavra não poderia ser outra além de Ousadia, e percebemos isso quando vemos que seu nome está cada canto do filme (Bradley não só dirige e protagoniza o filme como também, produz, roteiriza, canta e ainda participou das composições das músicas.)
  Se a personagem Ally (Lady Gaga) é responsável pelo título do filme, Jackson Maine (Bradley Cooper) está no caminho totalmente oposto. Em seu papel ele interpreta um cantor de meia idade que tem diversos problemas com vícios que escondem um dramático passado.
Logo no primeiro encontro, Bradley & Gaga transbordam química, isso fica claro na primeira vez que Jackson vê Ally performando La Vie En Rose, o olhar na cara de Cooper transmite esperança, encanto, paixão e muito mais.
 O filme equilibra bem o tom dramático das  "cenas musicais" (que a propósito, são tão realistas que te arrepiam completamente (e o mérito disso vai em parte para Gaga, que fez questão de ter suas cenas cantadas ao vivo.)
 A direção de Cooper foi certeira e dinâmica, ele equilibra bem o filme entre o drama e as cenas musicais, com algumas pitadas de comédia e uma boa dose de romance.
 Se nos primórdios de sua carreira de atriz Lady Gaga (ou Stefani, como você preferir) foi criticada por muitos que diziam que ela era melhor cantora do que atriz, aqui ela quebrou paradigmas, fazendo jus ao seu Globo de Ouro (vencido por sua performance que dividiu opiniões em American Horror Story: Hotel) ela prova que é sim uma atriz nata. Quando vemos Ally em cena quase nos esquecemos de quem a interpreta, ela conseguiu transmitir toda a inocência, pureza e força da personagem de um jeito único e cativantes, só lembramos de é ela mesma quando Ally começa a adentrar o mundo Pop da música. Suas performances musicais no filme são responsáveis pelos arrepios que o filme causa (que vão do início ao fim). Desde a primeira vez que ouvimos a voz de Gaga temos uma experiência completamente catártica (seja quando ela canta Over the Rainbow completamente a capela ou com a própria La Vie En Rose, ainda mais com Shallow e nos dilacera o coração com I'll Never Love Again).


 O filme mostra bem aquela velha história de Hollywood de que enquanto alguém está cada vez mais no topo, outro está cada vez mais no fundo do posso. (Enquanto a carreira Ally ascende como uma estrela, a de Jackson decai cada vez mais.)
Assim também é o relacionamento de Ally & Jackson, que apesar de ser repleto de amor (não só um pelo outro, mas também pela música em si) e de cumplicidade (o que faz com que eles sejam melhores juntos) prova tristemente que o amor nem é o bastante para salvar alguém.
 O filme é em si um espetáculo completo.
A fotografia do filme capta bem o clima da performance, tanto pela perspectiva do artista como também a do público.
 As músicas cativam, arrepiam e emocionam o tempo todo.
 O roteiro, apesar de repleto de clichês,  funciona, com alguns diálogos emocionantes, mas poucos tão impactantes, o filme nos dá o que promete: um romance sobre duas estrelas, que mesmo seguindo caminhos opostos, encontram uma razão maior em comum para ficar juntos e fazer darem certo (o que nos faz perceber que alguns clichês são inesquecíveis, e às vezes necessários para tornar grandes histórias grandes.)
 Nasce Uma Estrela prova que uma história atemporal pode ser contada repetidamente desde que seja contada pelas vozes certas e novas.
Clipe da música Shallow cantada por Bradley e Gaga no filme
 

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

24 Lições Para ter uma Vida Mais Leve & Feliz

  

Olá Galera!
 Hoje é um dia mega especial pra mim por motivos de... Fazem 24 anos que cheguei a este lindo mundão, e por isso eu resolvi fazer uma lista de 24 lições que aprendi em todos esses anos.
Espero que lhes seja útil. 

24 Lições para ter uma Vida mais Leve e Feliz
1- Sempre arrume um tempo para fazer o que você ama.
Eu sei que ás vezes com o nosso caótico dia á dia não da tempo de fazer mais nada, mas é realmente importante tirar um tempo do seu dia para se dedicar a algo que você ame, não importa qual seja seu hobby, sempre tenha perto para ele. Desligar a cabeça de coisas mais importantes é necessário ás vezes.

2-  Mantenha seu redor somente pessoas que te fazem bem.
Em sua vida você vai se separar com pessoas te fazem bem e te fazem mal é importante que você saiba cortar as pessoas tóxicas da sua vida para o bem da sociedade e saúde. Corte as não importa quem seja.

3-  Arrume um tempo do seu dia a dia para meditar.
A meditação além de ajudar muito na  e na coluna te ensina a ser paciente. Sem falar que te traz uma paz imensa que às vezes é tudo que você precisa. Tente meditar de pelo menos  uma vez por dia.

4-  Tenha máximo de animais de estimação que puder.
Animais de estimação são as maiores bênçãos da vida,  eles acalmam as energias e tornam sua vida muito mais alegre e divertida. Tenha o máximo que seu bolso seu coração e sua disponibilidade permitirem.

5-  Saia da sua Confort Zone sempre que tiver oportunidade.
Saber sair da zona de conforto mas a verdade aquilo que dizem sobre Grandes Coisas estarem fora dela. Sempre que surgir uma oportunidade saia da sua e  veja que louca aventura te aguarda.

6- Fique bêbado pelo menos uma vez na vida.
Essa é uma daquelas coisas que você tem que fazer pelo menos uma vez na vida para depois lembrar de nunca mais fazer.  Não precisa nem exagerar, apenas aproveite muito uma vez e depois nunca mais.

7-  Não guarde rancor  e nem perca tempo odiando.
As coisas ruins que você guarda fazer alguém parar de correr por dentro e te fazer muito mal. Não perca tempo odiando ninguém não vale o esforço.  Guarde somente as coisas boas e esquecer tudo de ruim.

8-  Tente ver o lado bom em tudo.
Seja como a Poliana e jogue jogo do contente. Sempre procure ver o lado bom das coisas mesmo das ruins.
Não deixe de notar a beleza oculta que reside em tudo ao seu redor.

9-  Agradeça por tudo.
Seja grata por tudo, exatamente tudo. Se foi bom: te trouxe boas lembranças, se foi ruim: te ensinou algo. Lembre-se disso e seja grata sempre.

10-  Assista muitos filmes, séries e peças de teatro.
Aumente o seu repertório cultural sempre.  Assista novos filmes, séries e peças de teatro sempre que puder. Acredite você aprende muito entrando nesse mundo,  sem falar que são ótimos pra dar aquele merecido descanso para a cabeça.

11-  Não tenha medo de ser quem você é.
A vida é muito curta para você ser alguém além de você mesmo.  Seja sempre você  e teu coração te agradecer  por isso.  Quem realmente te amar  vai te aceitar exatamente como tu és.

12- Dê um tempo para si mesma,  respire e tenha calma. 
Às vezes tudo que você precisa é respirar bem fundo e contar até 10. Calma, respira e não pira. Permita-se dar um tempo para respirar e relaxar.

13-  Aceite: algumas coisas estão além do nosso controle.
Existem algumas coisas que não podemos controlar, por mais que tentemos  imprevistos e acidentes acontecem e em diversas vezes nada para evitá-los, só nos resta aceitar e lidar com isso da melhor forma possível.

14- Cuide de você mesma.
Ter uma vida saudável é fundamental para viver uma vida bem. Então, não coma só besteira pratique algum exercício físico e vá ao médico para check ups regularmente.

15-  Adquira o hábito de ler.
Livros nos permitem exercitar a imaginação ao entrar em mundos mágicos.  Leia o máximo que puder,  livros de qualquer forma, tamanho e gênero, apenas leia.
Você vai descobrir que os livros nos livros nos fazem nos sentir menos sozinhos.

16- Sempre ouça música.
Não importa o que estiver acontecendo na sua vida, sempre música para te ajudar a enfrentar qualquer coisa.
A música na terapia essencial para a vida,  especialmente durante as crises existenciais.

17-  Procure conhecer coisas novas.
Conhecer coisas novas é sempre legal. Se aventure por coisas que você sempre quis saber mas não pode por falta de tempo.

18-  Aprenda um outro idioma idioma.
No mundo atual aprender um outro idioma é quase uma questão fundamental. É sempre bom entender o que os gringos estão falando, sem falar que é super útil no trabalho e na vida acadêmica. Além de ser super divertido.

 19-  Viaje sempre que puder.
Viajar sempre traz as melhores, as mais incríveis e inesquecíveis lembranças.  Sempre que tiver oportunidade viaje.

20-  Permita-se sentir tudo aquilo que estiver sentindo no momento que sentir.
Para aprendermos a lidar melhor com nossos sentimentos é fundamental que você se permita sentir o que o que quer que você esteja sentindo no exato momento em que estiver sentindo.
Não importa se for muito intenso ou não, apenas sinta.

21-  Solte um "foda-se" de vez em quando.
  Em alguns casos as palavras "fodam-se" podem resolver todos seus problemas.  Se deixe tudo para o ar e gritar (Se necessário) de vez em quando.

22-  Pense antes de falar ou agir. 
Pense muito bem antes de falar ou agir.  Coloque no lugar do outro e pense "isso vai magoar alguém?"  e se a resposta for sim  não faça ou diga.

23-  Fique em meio à natureza. aproveite  e aprecie.
Às vezes dia na natureza é tudo que você precisa para recarregar as energias.  faça isso sempre que puder.

24- Se ame! (amor próprio é tudo)
A forma como você se ama ensina os outros como te amar. Ame completamente cada parte sua.

E claro que eu coloquei mais um bônus aqui porque essa talvez seja a maior lição.
*25-  Espalhe amor por onde você for. (faça tudo com amor e coloque ele em tudo que você faz)

domingo, 19 de agosto de 2018

Para Todos os Garotos Que Já Amei - Um filme para adolescente que você talvez tenha sido


  Na última sexta-feira chegou ao catálogo da Netflix o filme Para Todos os Garotos que Já amei, baseado no best seller de mesmo nome da autora Jenny Han, o filme conta a história de Lara Jean, uma garota de 16 anos que perdeu a mãe quando era mais nova e vive com seu pai e suas duas irmãs, Margot & Kitty. Assim como diversas garotas Lara Jean se apaixonou diversas vezes, para extravasar todo esse sentimento ela escreve cartas, o que resulta cinco cartas para cinco garotos diferentes, essas cinco cartas são guardadas em uma caixa em seu quarto. Até que em um dia, todas as cartas chegam misteriosamente aos seus respectivos destinatários, Lara Jean como toda adolescente normal surta e tenta resolver essa situação de alguma maneira. 


 Para Todos os Garotos que Já Amei, é mais uma daquelas comédias românticas de adolescente digna de sessão da tarde que vai te fazer rir, suspirar, talvez até chorar, e no fim vai aquecer seu coração e te fazer lembrar muito da sua adolescência.
Eu te desafio a ver esse filme e negar que existe uma Lara Jean dentro de você.
Todo mundo já gostou muito de alguém e achou que era amor, mas acabou que quando amou de verdade percebeu que não era.
Todo mundo já quis escrever cartas de amor e se declarar loucamente sem pensar nas consequências. E na minha opinião, definitivamente deveríamos fazer isso com mais frequência. 
Eu já fiz isso duas vezes, e não me arrependo, foi libertador tirar o sentimento do peito.

A gente te que parar com essa mania boba de não falar o que sentimos por medo do que as pessoas vão pensar.
O filme talvez te faça questionar algumas coisa sobre a vida e o amor, a lição que Lara Jean e suas cartas nos dá é que temos que demonstrar as pessoas como nos sentimos, na hora que sentimos.




terça-feira, 10 de julho de 2018

Crítica: Homem Formiga e a Vespa


 Se Vingadores - Guerra Infinita surpreendeu pela brutalidade e ousadia, Homem Formiga e a Vespa não surpreende tanto e mantém o ritmo dos filmes da Marvel de misturar o tom cômico com ação.
  Porém apesar de não surpreender tanto quanto Guerra Infinita o filme é bem superior ao seu antecessor, o porque disso provavelmente esteja no roteiro, na pressão de primeiro filme (que já não é necessária) e também em sua arma secreta: a Vespa de Evangeline Lilly.

  Hope Van Dyne rouba a cena e ofusca Scott Lang tantas vezes que chegamos a questionar quem seria o verdadeiro "protagonista" do filme.
   Uma das melhores coisas no filme é que não existe aquela rixa Homem X Mulher, Van Dyne e Lang não ficam brigando entre sí para ver quem é o melhor herói (apesar de Hope afirmar que se estivesse com Scott durante os acontecimentos de Guerra Civil ele não teria sido preso, o que devido a suas incríveis cenas somos obrigados a concordar.) Muito pelo contrário, o que vemos durante todo o filme é uma relação de pareceria mesmo, e que vale a pena ser explorada mais a fundo (talvez em Vingadores 4, quem sabe?). O fato é que Evangeline Lilly &  Paul Rudd destilam química.
  O Plot do mistério de Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer), teria ela sobrevivido ou não ao reino quântico?, É bem desenvolvido, a propósito Michelle Pfeiffer se encaixou perfeitamente no papel. O Plot de Janet também completa a história da Vilã.
  E por falar em vilã, Ava Starr/Ghost (Hannah John-Kamen) provou ser diferente de todos os vilões já apresentados. Seu interesse não é dominação total, aniquilação mundial ou poderes ilimitados, muito pelo contrário, para ela é tudo uma questão de sobrevivência, o que particularmente deu um toque mais humanitário a personagem.
  As cenas no "reino quântico" são lindas e tão coloridas que nos fazem lembrar um pouco a fotografia de Doutor Estranho e Guardiões da Galáxia Vol. 2.
  Homem Formiga e a Vespa foi o fôlego necessário para acalmar os ânimos, depois do nocaute emocional de Guerra Infinita, a leveza do filme mostra bem isso. De fato, podemos dizer que ele foi a calma antes da tempestade que está por vir em Vingadores 4.

terça-feira, 26 de junho de 2018

Discuta com o Destino, Faça Acontecer


  "Não discuto com o destino, o que ele pintar eu assino."
Eu nunca gostei muito dessa frase, provavelmente porque a ideia de alguém, além de mim, controlando minha vida me incomoda, e muito, mas acho que o que mais me incomoda é o fato dessa frase nos tornar conformistas. Tipo: "não conseguiu realizar seu grande sonho? Desista! E entenda que algumas coisas não estão destinadas a acontecer." NÃO! isso é errado, não cabe a nós nos sentar e nos conformar com as coisas que acontecem ou não, cabe a nós lutar para que conquistá-las, a persistência leva a vitória, já desistência nunca levou a nada. Isso não significa que TODOS os seus sonhos irão se realizar se você lutar muito por eles. Ás vezes mesmo com muita luta não conseguimos, mas não é melhor arriscar do que passar a vida toda pensando no "e se?"
Se tem uma coisa que eu aprendi na vida, é que grandes coisas acontecem quando você sai da sua zona de conforto e ousa.
Como disse Martin Luther King: "É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar."

quarta-feira, 20 de junho de 2018

"A resposta, meu amigo, está soprando ao vento."


  Andei pensando em algumas perguntas, perguntas gigantescas que tem sido feitas desde os primórdios da humanidade, e que até hoje permanecem sem respostas. Perguntas como: Qual o nosso propósito?, Da onde viemos e para onde vamos?, Quem somos?, Existem vida em outros planetas? E até mesmo perguntas bestas como: Quem veio primeiro: o ovo ou a galinha?
 O ser humano é curioso por natureza, nós vivemos para descobrir, aprender e conhecer; aquilo que é desconhecido nos assusta. No dia que pararmos de aprender, paramos de viver. A sede de conhecimento está em nossas veias como o sangue. 
 Acho que o fato de termos evoluído tanto mentalmente e tecnologicamente, e continuarmos sem respostas, só nos deixa mais preocupados e frustrados.
 Todavia, por que essa necessidade tão urgente por respostas? Por que precisamos definir, saber e dar sentido a tudo? Sendo que as melhores coisas da vida, não podem ser definidas, apenas sentidas. 
 Talvez algumas perguntas devam permanecer sem respostas, talvez alguns mistérios da vida devem permanecer não solucionados, porque no fim das contas, é tudo uma questão de fé, depende da sua crença e o quão forte e importante ela é, e talvez o fato de não haver respostas para tudo seja parte da mágica que é a vida. 

quarta-feira, 23 de maio de 2018

13 Reasons Why - Segunda Temporada: O Veredito


  Ano passado fomos apresentados a Hannah Baker e sua trágica história. 13 Reasons Why abriu nossos olhos e mentes para assuntos importantes, que ainda são considerados tabus como suicídio, estupro, bullying, saúde mental, abuso, drogas, porte de armas, depressão, sexualidade, agressão física e assédio sexual.
  A trama que conta a história de como Hannah tirou sua vida e os motivos que a fizeram tomar essa atitude, cativou o público empaticamente (quem não começou a série pensando "eu já fui/sou Hannah Baker" mas acabou a série pensando "ok, mas eu também já fui um de seus porquês ou pelo menos já agi como um")

  Quando a série acabou, opiniões foram divididas. Havia a necessidade de uma segunda temporada ou não? Para alguns sim, porque não haviam encontrado um encerramento na história de Hannah, ou então porque pensassem que sua história só teria fim quando fosse justiça feita (não só para ela, mas também para Jessica).
  Já para outros uma nova temporada não era realmente necessária, algumas pessoas apontaram dizendo que a Netflix estava tentando ganhar dinheiro "as custas do suicídio" ou que uma segunda temporada destruiria tudo aquilo de importante que a série representa.
  Quanto a mim, confesso que desde o começo quis uma nova temporada, cheguei a comentar com diversas pessoas que não via a necessidade de uma temporada completa, que a história poderia ser encerrada em dois ou três episódios de uma ou duas horas (talvez até como fizeram com Sense8), ao terminar de assistir a segunda temporada percebi que realmente prolongaram a história sem necessidade.


  A segunda temporada nos mostra as consequências do suicídio de Hannah e de suas fitas, a fim de "colocar a culpa" em alguém Olivia Baker processa a escola  por ser negligente com sua filha. Enquanto isso Clay tenta seguir em frente com Skye, o que faz com que ele "banque" o herói novamente, mas com o julgamento prestes a acontecer Hannah volta para "assombrá-lo", Alex enfrenta as sequelas de sua tentativa de suicídio e conta com a ajuda de Zach e seus amigos para se recuperar, Tony começa a lidar com seus fantasmas e problemas de raiva, Jessica "tenta" levar uma vida normal voltando a escola depois de seu estupro e Justin vive com a culpa de seu envolvimento no estupro da namorada, o faz com que ele acabe entrando no mundo das drogas.
  Essa temporada teve diversos pontos negativos e positivos, e apesar dos negativos serem maiores eu não consigo deixar de exaltar os positivos. Então, vou só colocar aqui o que achei de bom e ruim.

Pontos Positivos:
  - Preencheu algumas lacunas deixadas pela primeira temporada.
  - Como prometido mostrou as consequências dos atos de Hannah e dos outros.
  - Deu encerramento a história dela, agora que sua história foi ouvida e concluída ela pode finalmente descansar em paz.
  - Por não ter mais Hannah como narradora ela se permitiu focar nos personagens secundários, e nos mostrou a versão deles de algumas histórias, o que nos faz dar uma segunda chance aos personagens que merecem.
  - Mostrou mais Olivia Baker e como ela lidou com o luto

Pontos Negativos:
- Prolongaram demais a história, não havia necessidade de mais 13 episódios.
- Alguns personagem novos foram desnecessários, unicamente por terem sido mau aproveitados (como Skye, Cyrus e Mackenzie)
- A História não concluída de Skye, nos mostram mais da vida dela, mas quando pensamos que vão aprofundar e nos fazer entender melhor a complexidade da personagem, eles meio que desistem dela, o que é revoltante.
-  O último episódio ainda te deixa com aquela sede de justiça que nos foi deixada desde o último episódio da primeira temporada.
- O arco de Tyler é bem "bipolar" eles começaram colocando ele bem pra depois o transformarem num "terrorista" fazendo quase uma referência direta ao massacre de Columbine
- A cena de estupro no último episódio foi extremamente desnecessária e "irrelevante" pra história. Foi como se quisessem mudar toda atenção da história, chamando atenção para um novo problema e com isso trazendo um possível plot para uma nova temporada, que é totalmente dispensável.


   Para mim a melhor coisa sobre essa temporada foi o fato dela tirar Hannah do seu pedestal, ela desmistifica a imagem que temos da garota. O público assim como Clay coloca em sua mente a ideia de que ela era perfeita e por isso a colocamos em um "pedestal".
  Conforme vamos nos aprofundando na vida de Hannah percebemos que ela era só uma garota como tantas outras que tem sonhos e ambições, que também sofre com a pressão da sociedade para sem encaixar em algum lugar, que comete erros e foi marcada por eles, que não foi só julgada, mas também julgou. E tudo isso também reforçou aquilo que dizem que depressão não tem cara, a pessoa pode estar feliz em um momento e definhando no outro, particularmente me trouxe um pouco de paz ver que ela teve um pouco de felicidade na vida e me fez desejar ainda mais que tal tragédia não tivesse acontecido, porque ela seria uma pessoa maravilhosa com uma vida linda pela frente.


  A relação dele com a Hannah continua como vimos anteriormente, a relação continua tão igual que a cada nova descoberta sobre ela, ele parece questionar se realmente a conhecia (coisa que nos dá uma das melhores cenas da série quando Justin o chama de idiota e diz que só porque ela ficou com um cara, gostando de outro ele "de repente" não a conhecia?)
   Clay que continua com dificuldades para aceitar tudo que aconteceu com a amiga começa então, a ver seu "fantasma", que aparentemente surge para ajudá-lo a entender e a superá-la, o que nos rende algumas cenas cansativas, em diversas partes fica claro que o fantasma de Hannah foi só uma desculpa para aproveitar Katherine Langford e sua atuação, que foi digna de uma indicação ao Golden Globes, entretanto as melhores cenas de Hannah & Clay continuam sendo os flashbacks (a melhor inclusive sendo uma conversa com os dois chapados falando sobre o Infinito, já com o fantasma a melhor cena talvez seja uma que se assemelha muito com uma de As Vantagens de Ser Invisível).


   Uma coisa que tem feito diversos fãs reclamarem foi o relacionamento de Clay & Skye, e a falta de química entre os atores, eu não questiono isso, e confesso que fiquei bem revoltada por não terem aproveitado a personagem da Skye direito, mas depois de ver entrevistas com Dylan Minnette eu concordo que havia a necessidade desse relacionamento porque um precisava do outro pra se recuperar, o Clay precisava da Skye pra superar a Hannah e pra entender que por mais que ele queira ele não pode carregar o mundo nas costas e tentar ser o herói pra todos sozinho e a Skye precisava do Clay pra entender que ela tem um "problema" é que precisava de ajuda, porque se não ela seria "outra" Hannah Baker.


 A história de Jessica é abordada fielmente se destaca, Alisha Boe realmente merece todos os reconhecimentos e aplausos pela atuação. Bebendo das águas do movimento #MeToo, é ressaltado o tempo todo como as mulheres vítimas são julgadas e o trauma que isso causa, as impedindo de falar ou tomar uma atitude. É aterrorizante ver que ela encontra seu agressor todos os dias na escola e não tem refúgio, e o pior é vê-lo agindo naturalmente como se nada tivesse acontecido, mas é um pouco reconfortante saber que ela teve uma amiga na mesma situação, que sabe pelo que ela passou para ajudá-la. É ainda mais bizarro ver que outras mulheres acreditam nos boatos sobre ela e diversas vezes apontam o dedo para a chamarem de "Vadia Bêbada", nos faz perguntar porque ás vezes somos tão cruéis umas com as outras, quando na verdade deveríamos nos apoiar.
Outro ponto interessante abordado é culpa que Kevin Porter, o conselheiro da Liberty High, carrega consigo por não ter sido capaz de ajudar Hannah. Em uma cena muito comovente vemos seu depoimento no tribunal onde ele pede desculpas a Olivia Baker por ter decepcionado sua filha, essa cena fez martelar a pergunta que alguns tem feito desde o lançamento da série: Alguém realmente está pronto para falar sobre suicídio? Se até os especialistas tem dificuldades em retratar tal assunto, como poderíamos nós, a "plebe" falar sobre isso da forma certa? E existe mesmo um jeito "certo" sobre abordar um assunto tão delicado? Será que é realmente melhor não falar nada, por medo de falar a coisa errada do que só falar?
Uma coisa que me incomodou desde a temporada passada foi a falta de justiça, vamos admitir todos queríamos ver o Bryce sendo preso e ficamos revoltados por isso não ter acontecido na primeira season finale, e se você acha que isso foi resolvido no fim, não se engane, Bryce Walker foi sim julgado pelo estupro de Jessica, mas apenas pegou três meses de condicional, fato que me deixou com o sangue fervendo de raiva, o que segundo Bryan Yorkey, criador da série, era a intenção. A ideia de Yorkey ao dar uma pena leve para Bryce foi ser realista, porque infelizmente é o que acontece na vida real (principalmente se o estuprador é branco e rico). O que revoltou muito também foi o fato do juiz que sentencia Bryce basicamente construir uma falsa equivalência moral entre Bryce e Jessica quando ele diz algo como "vocês dois fizeram escolhas que os trouxeram até aqui, mas vocês dois ainda são jovens e merecem seguir com suas vidas." Sendo que não há nada equivalente nas decisões de ambos, Bryce DECIDIU estuprar Jessica, ela NÃO DECIDIU ser estuprada, porém no nosso mundo, que apesar de vir buscando mudança, ainda continua extremamente machista, isso realmente acontece.
Outro destaque de atuação foi a veterana Kate Walsh, que nos mostrou uma mulher enlutada, culpada, traumatizada, que só quer entender o que aconteceu com a filha e que por ela quer que a justiça seja feita.
Foi uma temporada sobre intervenção, isolamento social, vícios, justiça, recuperação, cura, luto, cultura do estupro e a cumplicidade do silêncio, amizade, cumplicidade, apoio, verdade, culpa, aceitação e superação. Coisas que os minutos finais do último episódio mostram muito bem.


  Sendo necessária ou não, a segunda temporada de 13 Reasons fez o que vem fazendo desde o começo colocando o dedo na ferida sem medo, e alertando as pessoas da importância de falar sobre assuntos que não são falados com tanta frequência, mas que deveriam, se não como forma de alerta, talvez como prevenção.
Lembrando que você ou alguém que você conhece precisar de ajuda você pode entrar no site da série ou no do C.V.V. (Centro de Valorização da Vida).
Não importa o que você esteja passando, conversar sempre ajuda.